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Artigo: 2 de Julho: Data Magna para Alagoinhas e a Bahia

O sentimento de pertencimento crava em nosso peito uma afeição calorosa, verdadeira e genuína àquele espaço que representa o nosso lugar no mundo, fazendo escorrer na veia o amor, o vínculo afetivo e cultural e os valores que ali aprendemos e que levaremos para a vida. É a nossa identidade enquanto ser humano.

Não à toa, Alagoinhas se assemelha ao estado da Bahia na mais alta representação da sua existência, celebrada no 2 de julho: um município formado por um povo guerreiro, forte e acolhedor, completa seu aniversário, 170 anos, no dia da data magna da Bahia, quando efetivamente o Brasil consolidou a emancipação de Portugal. Nessa história da independência da qual somos herdeiros e nos orgulhamos, tem mães, mulheres e heroínas, tal qual a formação do nosso município.

Dentre essas guerreiras, nomino Maria Quitéria, Joana Angélica e Maria Felipa, as quais homenageio neste artigo em tempos de busca de lugares cada vez mais adequados e justos para as mulheres em nossa sociedade. E quantas dessas mulheres não existiram e existem em Alagoinhas, nas suas lutas diárias de sobrevivência e de busca por valorização nos espaços sociais e que para isso travam batalhas diárias pela sua emancipação, representação, independência e respeito. É para essas pessoas que gostaria de falar hoje. São elas que compõem o que somos enquanto cidadãos alagoinhenses.

Nas suas origens, Alagoinhas foi formada por um grupo de pessoas que se instalou ao redor de uma capela próxima à Lagoa Fonte dos Padres, em um pequeno povoado que era rota de passagem da estrada de boiadas e que dava acesso para o norte e o sertão baiano, e mais tarde se caracterizaria como cidade polo entre municípios do Litoral Norte e Agreste baiano. Essa gente simples vivia da agricultura de subsistência numa terra em que tudo o que se plantava se colhia.

E é desde o início de tudo que temos a nossa fonte mais valiosa, a fonte da vida: a nossa água. Com origem no Aquífero de São Sebastião, Alagoinhas se tornou reconhecida pelo índice de pureza da água, levando o título de melhor água do Brasil e a segunda melhor do mundo para fabricação de bebidas, o que tem atraído muitos investimentos. Com o apoio da gestão municipal, muito se tem avançado nos investimentos e incentivos para o crescimento do município.

Como alagoinhense e primeira deputada estadual eleita de Alagoinhas e região, sinto-me parte dessa história de homens e mulheres que compõem este lugar na Bahia, com sua gente simples, batalhadora e hospitaleira. Não escolhemos onde nascer, mas somos acolhidos e fazemos parte de um lugar que nos proporciona um chão, uma história. O 2 de julho representa uma simbologia duplamente especial para nós: a data magna para Alagoinhas e a Bahia. Salve a nossa Independência, salve a nossa emancipação.

Artigo de Ludmilla Fiscina publicado no Jornal A Tarde, no dia 1º de julho de 2023.

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